ALUNOS NEGROS NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Cuiabá-MT 1890 -1930)

Esta exposição é resultado de pesquisa de mestrado desenvolvida por Zilma Maria Silva Marques. As fotografias e demais fontes indicam que alunos negros e mestiços, pobres, buscavam o ensino profissional como alternativa que possibilitasse sua inserção no mercado de trabalho.

Nos primeiros anos da República, com as aspirações da modernização e da industrialização do país, aliado à ideia de tornar a sociedade civilizada, o ensino profissionalizante passou a ser atribuição do recém-criado Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Em 23 de setembro de 1909, é assinado o Decreto nº 7.566 criando 19 Escolas de Aprendizes e Artífices em todas as capitais brasileiras. Estas eram destinadas a atender aos desfavorecidos da fortuna, ou seja, aos pobres, com a finalidade de afastá-los da ociosidade e da escola do vício. No final do século XIX os primeiros salesianos chegaram ao Brasil e trouxeram com eles a pedagogia de D. Bosco. A meta principal desses educadores era a promoção das classes populares por meio da educação e formação profissional. Sendo assim, em Cuiabá coexistiram durante alguns anos duas escolas profissionalizantes, o Lyceu Salesiano de Artes e Ofícios São Gonçalo e da Escola de Aprendizes e Artífices.

Publicada em livro, sob o titulo Alunos Negros no Ensino Profissionalizante (Cuiabá-MT 1890 – 1930) pela Editora da Universidade Federal de Mato Grosso – EduFMT