GRUPOS DE TRABALHO – GT VII ENCONTRO QUILOMBOLA

Ementa: Este Grupo de Trabalho tem como objetivo promover reflexões críticas sobre as múltiplas formas de produção de saberes presentes nos territórios quilombolas, valorizando os saberes ancestrais, as práticas culturais e as epistemologias próprias desses territórios, em consonância com as diretrizes curriculares para a educação escolar quilombola. Serão discutidas as relações entre ciência, território, oralidade, espiritualidade e resistência, a partir de uma perspectiva decolonial que reconhece e legitima os saberes quilombolas como formas autênticas de ciência. O GT busca ainda dialogar sobre os desafios e estratégias para a valorização e inclusão desses saberes nos espaços acadêmicos e institucionais.

Ementa: Este Grupo de Trabalho propõe a discussão sobre as etnolinguagens como expressões culturais e comunicativas enraizadas em saberes tradicionais e coletivos, com ênfase em suas tecnologias próprias de produção, transmissão e preservação do conhecimento. O GT busca refletir sobre os modos como esses sistemas de linguagem se articulam com os territórios, com as lutas por reconhecimento e com processos contemporâneos de resistência, criação e inovação.

Ementa: Este Grupo de Trabalho propõe a reflexão sobre os conhecimentos tradicionais relacionados aos fenômenos naturais, desenvolvidos por povos e comunidades quilombolas. A partir de uma perspectiva decolonial, serão discutidas as etnociências como formas legítimas de compreender, cuidar e transformar o mundo natural, envolvendo práticas como manejo sustentável, agricultura ancestral, farmacopéias populares, cosmologias e sistemas próprios de classificação. O GT visa também analisar como essas tecnologias dialogam (ou são silenciadas) nos contextos científicos, educacionais e políticos contemporâneos.

 

Ementa: Este Grupo de Trabalho tem como objetivo discutir a Etnomatemática como campo de investigação que reconhece e valoriza os sistemas de pensamento matemático presentes em diferentes culturas, especialmente nas práticas cotidianas dos povos quilombolas. Serão exploradas as tecnologias sociais e culturais associadas a contagem, medição, organização espacial, jogos, arquitetura, arte e modos de resolução de problemas, buscando ampliar a compreensão da matemática para além da abordagem eurocêntrica. O GT propõe ainda refletir sobre os desafios e possibilidades de integrar esses saberes aos processos educativos e curriculares de forma crítica e contextualizada.

Ementa: Este Grupo de Trabalho tem como foco a discussão das etnociências sociais e humanas enquanto formas de produção de conhecimento enraizadas em cosmologias, memórias coletivas, modos de vida e tecnologias sociais dos povos quilombolas. A partir de uma perspectiva decolonial, serão debatidas práticas como organização comunitária, resolução de conflitos, educação informal, rituais, oralidades, genealogias e sistemas próprios de transmissão de saberes, dentre outros. O GT busca promover o reconhecimento dessas tecnologias como formas legítimas de ciência, ampliando o diálogo entre os saberes populares, acadêmicos e institucionais, com ênfase em justiça epistêmica e valorização das diversidades.

Ementa: Este Grupo de Trabalho propõe discutir o etnoletramento como prática pedagógica e sociocultural que reconhece, valoriza e integra os saberes, linguagens e formas de expressão das comunidades quilombolas nos processos de leitura e escrita. A partir de uma perspectiva decolonial, o GT abordará o letramento como ferramenta de fortalecimento identitário, autonomia e resistência, refletindo sobre a relação entre língua, cultura e território. Também serão analisadas experiências e metodologias que promovem o diálogo entre os conhecimentos escolares e os saberes das comunidades, com foco em uma educação antirracista e plural.

Ementa: Este Grupo de Trabalho tem como objetivo analisar, debater e propor reflexões críticas sobre as políticas públicas voltadas aos povos quilombolas no Brasil, considerando suas demandas históricas por território, educação, saúde, segurança alimentar, reconhecimento identitário e participação política, dentre outras. Serão discutidos os marcos legais, os desafios da implementação de direitos constitucionais, os entraves institucionais e as estratégias de resistência e mobilização das comunidades. O GT busca fortalecer o debate sobre justiça social, reparação histórica e equidade, a partir do protagonismo quilombola e de uma perspectiva antirracista e decolonial.