O Seminário de Educação (SemiEdu) chega à sua 33ª edição em 2025, consolidando-se como um dos mais significativos espaços de diálogo, divulgação de pesquisas e de formação continuada de docentes da região Centro-Oeste. Mais do que um evento acadêmico, o SemiEdu é território de escuta, de trocas, (re)construção epistemológica e insurgência pedagógica. Esta edição, em especial, confluirá com o VII Encontro de Educação Escolar Quilombola, entrelaçando-se em uma única proposta formativa, política, cultural e profundamente comprometida com a justiça epistêmica, com os direitos educacionais diversos e com a valorização dos saberes pluriversais.

É um evento vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), do Instituto de Educação (IE) da UFMT. A cada ano, um ou mais grupos de estudos e pesquisas assumem a organização. Neste ano, a Prof.ª Dr.ª Suely Dulce de Castilho (GEPEQ/UFMT) e o Prof. Dr. Edson Caetano (GEPTE/UFMT) estão na coordenação. Contam com o envolvimento ativo de docentes, discentes, técnicos(as) da UFMT, comunidades escolares quilombolas, comunidades escolares e conselhos de educação indígena, escolas campesinas, mestres e mestras dos saberes tradicionais e movimentos sociais. Dessa forma, o SemiEdu e o VII Encontro de Educação Quilombola se reafirmam como lugar de produção e trocas de conhecimentos, oriundos de outros lugares, outras concepções e outros sujeitos epistêmicos.

Em 2025, o evento traz como tema central as confluências entre saberes quilombolas, indígenas, campesinos e acadêmicos na construção de educações decoloniais, reafirmando seu compromisso com a produção de conhecimento situado, que emerge da territorialidade, do chão das escolas, das lutas dos povos, dos enfrentamentos cotidianos contra a colonialidade do poder, do saber e do ser. Por isso, o evento firma seu compromisso com uma formação que reconhece e valoriza as práticas docentes que insurgem dos territórios, que constroem redes de resistência e que alicerçam outras possibilidades de existência educacional – baseadas na pluriversalidade, na ancestralidade e na justiça cognitiva e curricular.